Milhares de pessoas participaram no domingo, 28 de abril, da caminhada "Um passo pela minha família" como parte do Dia da Família que se celebra no quarto domingo de abril no Paraguai.

A atividade ocorreu simultaneamente em Assunção e nas outras 13 dioceses e dois vicariatos do país.  

A jornada começou em Assunção às 8h, na Casa Turista Róga da Secretaria Nacional de Turismo (Senatur), com um festival de músicas e danças.

Depois ocorreu a caminhada, que seguiu deste local até a rotatória de General Santos e Avenida da Costanera, e depois voltou para o mesmo lugar.

Às 11h, o Arcebispo de Assunção, Dom Edmundo Valenzuela, presidiu uma Missa no final da qual se estabeleceu um compromisso das “forças vivas” da sociedade paraguaia em prol da promoção e vivência dos valores humanos e cristãos no seio da família.

Dom Guillermo Steckling, Bispo de Ciudad del Este, disse em seu discurso no Colégio Gimnásio del Saber que “é muito importante que diferentes setores, os educadores, os que professam sua fé de outra maneira por não serem católicos, os jovens, todos apoiemos a família porque é um valor muito grande”.

"Não basta que esteja na Constituição Nacional. Não basta a declaração universal dos direitos humanos. Temos que dar vida a nossa opção pela família. Fazemos isso como igreja a partir da fé”.

Em Ciudad del Este, o Prelado também disse que neste dia "nos lembramos muito na Igreja do lar de Nazaré. Recordamos a Virgem Maria: sua concepção, seu nascimento, sua Assunção. Deus criou o ser humano homem e mulher e assim como homens e mulheres, como família, somos sua imagem e semelhança ".

"Temos que defender a família. Que lindo escutar esse espírito de não nos rendermos! Existem grandes forças, que às vezes escondem o rosto ou a mão, que atacam a família. Não é por voto popular. Precisamos nos pronunciar", encorajou.

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Dom Steckling também disse que "a família precisa ser sustentada. Tem que ser uma prioridade política. Faltam fontes de trabalho, falta saúde, orçamento para educação. Apoiamos aqueles que trabalham nessa direção".

O Bispo de Ciudad del Este também indicou que na Igreja "estamos na parte final do triênio da juventude no Paraguai. Que os jovens sintam a família que vão fundar como vocação. Que confiem em Deus que nunca lhes abandonará".

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Há poucos dias, Dom Valenzuela animou a participar deste evento, para que as famílias proclamem "os seus valores, a sua identidade e a sua missão hoje em nosso país, para ser um grito de esperança no continente latino-americano e no Caribe".

"O Paraguai lhes diz com verdade e firmeza: não ao aborto, não às ideologias de gênero. Não a introduzir nas escolas dos nossos filhos uma educação sexual distorcida, manipuladora, sem base científica, ética ou moral. Não à colonização ideológica sustentada com persistência por irmãos que, infelizmente, perderam a noção da natureza do homem e da mulher", acrescentou.

"Dizemos não aos maus-tratos e à violência contra a mulher. Aprendemos com os nossos erros, difundindo a prevenção do abuso de menores em nossas instituições eclesiais, mas também com a mesma força nas famílias e nas várias instituições do nosso país", observou o Prelado.

De acordo com o Decreto-Lei nº 5425, de 2015, o Dia Nacional da Família se celebra no quarto domingo de abril.

A lei reconhece "a união estável do homem e da mulher, os filhos e a comunidade que se constitua com qualquer um de seus progenitores e seus descendentes”.

"Todas as instituições educacionais e culturais deverão realizar nesta data ou em alguma outra próxima, atividades que contribuam para valorizar e dar visibilidade à importância da família e a necessidade de estimular com ações concretas seu fortalecimento, promoção e proteção integral", descreve o documento.

Enquanto isso, o Ministério da Educação e Cultura inscreveu a data no calendário escolar para promover "ações pertinentes para garantir a sua comemoração em todos os centros educativos do país, incluindo atividades curriculares e atividades extracurriculares sobre o tema".

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